Muitos dizem que não há mais jeito para os jovens que hoje se drogam, matam, roubam e cometem crimes atrozes. Por falta de uma política educacional, jogam esses jovens em abrigos sem nenhuma estrutura, sem conforto, sem uma ocupação atrativa que fosse capaz de lapidar este diamante bruto.
Ali são agredidos,machucados cada vez mais. As feridas que trazem na alma ao invés de serem curadas aumentam em uma dimensão indescritível devido as agressões que são submetidos.
Não se preocupam com a recuperação da alma, do caráter, mas o castigo, este sim, não falta como forma de correção, só que aí a revolta invade o seu ser explodindo na primeira pessoa que encontram pela frente, de maneira terrível.
Vejamos o lar de onde sairam esses jovens; alguns pais sem estrutura emocional e financeira para cuidar da educação dos seus filhos, outros os mandam para a rua onde pedem esmolas ou mesmo roubam, quando não, os abandonam a mercê de toda sorte de maldades. Quando são pegos cometendo
crimes, mais castigos, mais sofrimentos e assim a sociedade vai construindo monstros.
Pais que precisam trabalhar o dia todo, como os professores que trabalham em várias escolas fazendo uma carga horária superior aos seus limites, com 12 horas de trabalho por dia para dar a família moradia e alimentação. Chegam em casa encontram os filhos dormindo. Estes ou são criados sozinhos ou são assistidos por pessoas sem nenhuma qualificação para educar uma criança. O que se espera da maioria desses filhos? Quem vai "pagar o pato"? O professor, é nele que eles descontam a ausência dos pais e mais tarde na sociedade e nos próprios pais. O professor seria a solução, aquele que poderia "salvar" essas crianças mas observem a situação deste profissional, além de não ter tempo para os próprios filhos, ainda ganham um salário muito aquém de suas despesas. Não são valorizados nem pelo estado, nem pelos alunos e nem mesmo pelos seus filhos que sofrem pela falta da presença dos seus pais. Mesmo que estes não deixem faltar mantimentos aos seus filhos, faltam-lhes a presença amorosa do seu pai ou de sua mãe ou dos dois ao mesmo tempo. Parafraseando Madre Teresa de Calcutá. "O importante não é o que se dá, mas o amor com que se dá." Graças a Deus essa situação não é uma regra geral. Existe a bondade inata, intrínseca. Infelizmente em alguns o bem tem que ser construído dia-a-dia, é nesta situação que a presença dos pais é imprescindível.
Caso não haja uma política educacional urgente, favorável aos jovens, continuarão cada vez mais insensíveis em relação ao próximo.
Os valores morais estão fora de moda para a maioria dos jovens devido serem criados sozinhos aprendendo valores distorcidos.
A escola é bem intencionada mas, além de não ter o apoio familiar ainda sofrem as conseqüências de suas ausências.
Se as autoridades competentes continuarem sem se preocupar com os nossos jovens, o futuro do Brasil será ainda mais negro.
Quando o jovem de boa índole chega a hora de enfrentar o mercado de trabalho, é barrado pela falta de experiência da função.Como ele vai adquirir experiência? Ai meu Deus! É complicado! Outros não chegam a galgar uma universidade, optam por um curso profissionalizante em nível de ensino médio, afim de ajudar nas despesas de casa ou mesmo para ter uma vida digna suprindo as suas próprias necessidades. Sou grata a Deus por ter três casais de filhos, estou na categoria dos professores que trabalham doze horas diariamente mas por sorte tive uma santa mãe que com sua força e com sua fé ajudou-me a conduzir meus filhos pelo caminho da luz, ensinando-os como ensinou-me que sem Deus a estrada é difícil mas com a Sua presença podemos vencer qualquer obstáculo. OBRIGADA MEU DEUS, POR TUDO!
Jenir Resplandes.
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